Qual homem nunca foi rejeitado por uma mulher ?
By Dra Cupido | Inspirado em entrevista com Roy Baumeister publicada pela BBC News Brasil
A rejeição é um golpe silencioso. Não faz barulho, mas abala estruturas — especialmente quando vem de alguém que fizemos planos e investimos tempo e afeto. Para muitos homens, sobretudo depois dos 40, lidar com o fim de um relacionamento é mais do que um desafio emocional: é uma crise de identidade.
Um estudo conduzido pelo psicólogo Roy Baumeister, um dos nomes mais respeitados da psicologia social, revelou que a rejeição amorosa tem efeitos profundos e, muitas vezes, invisíveis. Segundo ele, ser rejeitado pode afetar temporariamente a empatia, o autocontrole e até o desempenho intelectual.
Mas a boa notícia é que existe um caminho de cura — e ele começa dentro de você.
O que realmente acontece quando somos rejeitados
Baumeister explica que, quando alguém é rejeitado, o corpo entra em um estado de torpor emocional — uma espécie de anestesia natural que tenta evitar a dor. O torpor emocional, também conhecido como entorpecimento ou anestesia emocional, é a diminuição ou ausência da capacidade de sentir e expressar emoções de forma intensa e autêntica. É uma espécie de “desconexão” emocional, onde a pessoa se sente vazia ou “desligada” por dentro.
“É como se o sistema desligasse as emoções por um tempo para nos proteger”, diz ele.
Só que essa “proteção” cobra um preço: ficamos mais fechados, menos empáticos e até mais propensos à agressividade. É como se o mundo ficasse em preto e branco por um tempo.
Esse torpor, porém, é temporário. A dor volta depois — geralmente quando o silêncio chega, quando as mensagens param de vir, quando você percebe que aquela pessoa realmente seguiu o caminho dela.

Por que dói tanto?
Homens raramente falam sobre dor emocional. Geralmente crescem ouvindo ou falando: “vida que segue”, “é só mais uma” ou “homem não sofre por amor”.
Mas a verdade é que a rejeição atinge diretamente a autoestima e o senso de valor pessoal.
Quando alguém não nos escolhe, a mente tenta entender: ‘O que há de errado comigo?’, explica Baumeister.
Esse tipo de pensamento pode corroer a autoconfiança e criar medo de tentar novamente — o que alimenta o ciclo da solidão.
O primeiro passo da cura: aceitar o impacto
Curar-se de uma rejeição não é apagar a dor, mas reconhecê-la. Fingir indiferença não cura nada — só adia o que precisa ser olhado.
Permita-se sentir.
Sim, ela seguiu a vida. Sim, você esperava mais.
Mas isso não define quem você é — apenas mostra o quanto você estava disposto a viver algo verdadeiro.
E acredite: isso é força, não fraqueza.
O segundo passo: reconstruir o valor próprio
Segundo Baumeister, o antídoto natural contra a rejeição é ser aceito novamente — mas não necessariamente por outra pessoa. Pode ser pela vida, por novos projetos, novas conexões e novas versões de si mesmo.
A cura começa quando você retoma o protagonismo da própria história.
Quando entende que não precisa da validação de ninguém para se sentir inteiro.
E que o amor que faltou no outro só mostra o quanto é hora de voltar a se escolher.
O terceiro passo: reconectar-se — com propósito
Não se trata apenas de “superar” alguém, mas de ressignificar a experiência.
A rejeição pode ser o empurrão que faltava para olhar para dentro, entender seus padrões e construir vínculos mais saudáveis.
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Em resumo
A rejeição amorosa não é o fim — é o convite para um novo começo.
Dói, sim.
Mas toda dor é também um portal para amadurecer, evoluir e se conectar de forma mais consciente.
Como disse Baumeister, “a cura da rejeição é tentar de novo”.
Mas tentar de novo com mais amor-próprio, clareza e propósito — e não com a pressa de preencher o vazio.
Assinado,
Dra. Cupido



